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Medula

“…quando os resíduos e os sedimentos nos tenham contado todas as suas memórias sobre o fazer e desfazer do mundo, novas alianças entre diferentes formas de vida virão para instituir um futuro conjunto. Aquele futuro que já é presente porque especulamos, imaginamos e estamos a construir juntas.”

Uma ação que não serve para nada. Um gesto que se perde voluntariamente na ladeira da montanha. Declive. Rodamentos e inscrições efémeras. Um inútil exercício de restituição que coloca a nossa atenção na necessidade de explorar as consequências de uma inevitável transformação ecológica, que anuncia uma crise do sistema ambiental onde o esforço contínuo desses mínimos gestos é uma disputa contra a inércia e o esquecimento, a estagnação, corrosão e o desgaste. Assim são os processos geológicos de erosão e sedimentação, paradigmas de uma contemporaneidade alheia às suas causas. Movimentações de matérias e trajetos sem destino para marcar o peso de uma ação: uma forma de inventar um caminho tão absurdo quanto eficiente para pensar “em” e “com” a superfície.

Trecho de Medula

Juan Luis Toboso