




Na continuidade do trabalho que tenho vindo a fazer com o projecto All My Independent Women (desde 2005), cujo o quinto momento expositivo, em 2010, se debruçou sobre o lendário livro Novas Cartas Portuguesas, Conjugar no Plural debruça-se sobre o aspecto colectivo do AMIW; de forma a representar a miríade de participações, a importância da criatividade colectiva, e o impacto do projecto. Retomei questões que eram já essenciais nas NCP: a criatividade da mulher (ou feminista, ou mesmo ‘matricial’ como diz Catherine de Zehger, pois sempre se incluíram homens no AMIW) e o seu espaço na cultura contemporânea. Que terrenos há ainda a conquistar e que formas tomará a nossa acção; ou melhor, de que forma poderemos dar mais visibilidade à obra de mulheres (e homens) que lidam com as questões da relação entre diferença sexual / género / e poder, sem que no entanto se repliquem as estratégias (e falo das artes) de distribuição, aclamação, conservação e registo prevalecentes, que são exactamente as mesmas que excluem uma boa parte da produção desses artistas.