preparation session preparation session preparation session preparation session preparation session preparation session preparation session preparation session Vila do Conde Newspaper piece Vila do Conde Newspaper piece Terras do Ave Newspaper piece Terras do Ave Newspaper piece Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia Installation view of mobile door to Utopia, photo by Susana Neves Installation view of mobile door to Utopia, photo by Susana Neves

Utopias, Ciborgues e Outras Casas nas Árvores

Sendo convidada a apresentar um gesto artístico para a nova edição do Circular – festival de artes performativas – a minha proposta foi abrir o processo de criação artística à população, concretizada na oficina Utopias Ciborgues e Outras Casas nas Árvores. Daí em diante o trabalho passa a ser de autoria do colectivo Alberto Magno, Ana Borges, Carla Cruz, Carolina Lapa, Filipe Gomes, Jorge Pinheiro, Júlia Ferreira e Micaela Maia.

Tal como George Orwell, partimos de um sentimento de militância, queremos chamar a atenção sobre o mundo em que vivemos, mas também proporcionar uma experiência estética centrada nas nossas visões utópicas. Todos nós construímos em crianças os nossos modelos de sociedade – de casa – em cima de tijolos empilhados no quintal, com giestas ou cobertores sobre cadeiras, e a noção utópica de ciborgue de Donna Haraway ajudou-nos a catalizar a nossa visão colectiva de uma nova casa na árvore – de um novo mundo. Um ciborgue é um organismo cibernético, um híbrido de máquina e organismo, uma criatura de realidade social e fictícia. Aquilo que é argumentado é que o ciborgue é uma ficção que projecta a nossa realidade social e corpórea e que é também um recurso para imaginar novas ligações. Assim, novas imagens identitárias, comunitárias e ecológicas surgiram da reunião deste grupo, que serão formalizadas no festival através de um poster publicado nos jornais locais e numa intervenção artística de rua de forma a chegarem a um público o mais diversificado possível, pois a arte precisa ser parte da experiência quotidiana.

Ver Circular edição 2009